quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Momentos do sepultamento do Monsenhor Hélio Maranhão




Aconteceu no fim da tarde desta terça-feira (10) no cemitério Jardim da Paz, em São José de Ribamar. O enterro do monsenhor Hélio Maranhão, de 85 anos, capelão da Polícia Militar que comoveu dezenas de amigos e familiares que se fizeram presente. O monsenhor Hélio Maranhão deixa uma filha adotiva Shulamita e sua irmã Maria.

Ele me adotou quando eu tinha apenas 8 dias. Ele sempre alegre, cuidou de mim sem nunca reclamar, vestiu a farda pra defender a Policia Militar em 1992, entrou como capitão, ele amava o que fazia, sempre sereno, antes de morrer ele nos confortou falando que sabia para onde estava indo, e com quem estava indo, por isso iria feliz”, contou emocionada Shulamita.

O corpo do tenente coronel foi sepultado com honras militares, o corpo foi levado no carro do Corpo de Bombeiros em cortejo, e seguiu por alguns bairros até chegar ao cemitério, houve uma missa em sua homenagem e uma salva de tiros.

Monsenhor Hélio Maranhão sofria com problemas de saúde desde o começo do mês, foi submetido a uma cirurgia de apêndice, após a cirurgia foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde teve complicações e veio a falecer por uma infecção generalizada na noite de segunda feira (9).

Autarquias do Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, falaram um pouco do legado deixado por Hélio Maranhão.

“Capelão mais antigo, historiador, filosofo, compositor e professor em seminários. Agregou muito conhecimento e repassou para muitos nesses 23 anos na Policia Militar, monsenhor Hélio deixou o amor, o desejo de pacificação e do bem como seu legado”, disse o coronel Alves.

“Exemplo de pessoa e de profissional, um conselheiro, um amigo. Sempre com alto astral, ele queria que sua partida fosse festiva”, lembrou o tenente Coronel Aritanã 6° Batalhão da Policia Militar.




COMANDANTE DA PM CEL. ALVES ENTREGANDO A BANDEIRA DO ESTADO A FILHA ADOTIVA DO MONSENHOR.












Tutóia de luto: faleceu o Capelão e Tenente Coronel da PM Monsenhor Hélio Maranhão


Faleceu no fim da noite de ontem (9), aos 85 anos, em São Luís, o monsenhor Hélio Maranhão, o “Pastor de Tutoia” como ele gostava de ser chamado. O monsenhor – que era capelão da Polícia Militar maranhense, no posto de tenente-coronel – estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Centro Médico Maranhense, sendo que seu estado de saúde se agravou nos últimos dias e ele não resistiu.
FOTO: BLOG ANTONIO AMARAL

Nascido em Barra do Corda em 27 de maio de 1930, Hélio Maranhão dizia que havia um motivo especial em comemorar seu aniversário em Tutóia, dizendo se sentir filho também dessa cidade pelos serviços que ali prestou.
No ano passado, comemorou naquela cidade a passagem dos seus 84 anos.
Além das homenagens da escola  Almeida Galhardo, que fundou, o Hélio Maranhão também recebeu homenagens da Acalt (Academia de Ciências, Artes e Letras de Tutóia (que ele também fundou), por meio de sua presidente Rita Damasceno e dos demais membros
Um pouco de sua história – Antes de ser capelão militar, o monsenhor Hélio Maranhão foi nomeado capelão pelo papa Pio VI.
“Fui o primeiro padre mandado a Roma para estudar Teologia”, gostava de contar o monsenhor. Em Roma, foi eleito presidente da Academia Bento Inácio de Azevedo – transformada em Centro de Estudos e Debates Teológicos no Seminário Rio-Brasileiro.
Também fundou as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de Tutóia, em 1965, no período que se seguiu ao golpe militar de 64.
Monsenhor Hélio Maranhão era o mais antigo capelão militar não só do Maranhão, mas também de todo o país.
Autor de vários livros e artigos (que escrevia em vários jornais, entre eles o Jornal Pequeno), logo foi reconhecido e eleito membro da Academia Maranhense de Letras, da Academia Barra-cordense de Letras e da Academia de Ciências, Artes e Letras de Tutóia.
O corpo de Hélio Maranhão está sendo velado na Igreja de Santo Antonio e o sepultamento acontecerá às 16h de hoje (10), no Cemitério Parque da Saudade, em São José de Ribamar.


NOTA DE PESAR DA PM-MA :

É com pesar que o Comando da Polícia Militar do Estado do Maranhão se pronuncia a respeito do falecimento do Ten.Coronel Mons. Hélio Maranhão.

Saudosas serão as memórias ao inesquecível Ten.Coronel Capelão Mons. Hélio Maranhão que durante toda sua carreira esteve diretamente envolvido com esta instituição, pois era apaixonado pela Polícia Militar e sempre se dedicava ao cumprimento das missões repassadas, sabendo com inteligência e alto profissionalismo orquestrar as dificuldades e transcender os maiores obstáculos. Participou de incontáveis grandes êxitos desta corporação, na resolução de atividades religiosas e na pacificação social. Saudades eternas de todos os amigos e companheiros de farda e reconhecimento da sociedade maranhense que aplaude e agradece a sua participação efetiva e fundamental nesta corporação. À família nossas consternações e sentimentos. Enviamos nossas condolências, aos familiares, às corporações e aos amigos pela perda do ente querido, e que Deus possa confortar a todos neste momento de dor.

 BIOGRAFIA : VIA ACADEMIA MARANHENSE DE LETRAS

Nasceu em Barra do Corda-MA, a 27 de maio de 1930. No Grupo Escolar Frederico Figueira, de sua cidade natal, fez o curso primário. Aos 13 anos transferiu-se para São Luís, ingressando no Seminário Santo Antônio, onde cursou Humanidades (antigos ginásio e clássico) e Filosofia. Durante o período de seminarista (1943-52) foi presidente dos Santos Anjos (divisão associativa dos seminaristas menores), da Congregação dos Filhos de Maria (dos maiores), da Academia Lítero-Musical Dom Francisco e da Caixa Esportiva Pio XII; deão dos menores e professor no curso de admissão ao Seminário.

Escolhido pelo reitor do Seminário, padre Hézio Moraes, e pelo arcebispo Dom José de Medeiros Delgado para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma), ali ingressou em 1953. No ano seguinte foi eleito presidente da Academia Beato Inácio de Azevedo, do Centro de Estudos do Pontifício Colégio Pio Brasileiro. A 8.out. 1956 colou grau de bacharel em Teologia. Ainda em Roma participou do III Congresso de Mariologia, fez o curso Movimento por um Mundo Melhor (Rocca del Papa, 1955) e, na Basílica de São João de Latrão (a Catedral do Papa), foi ordenado presbítero secular da Ordem de São Pedro (padre diocesano), a 22.dez.1956. Na Bélgica (Bruxelas – Maison Tourneppe) participou do Curso para Formação de Assistentes da Ação Católica.

De volta ao Maranhão, fez diversos cursos de habilitação para o magistério, entre os quais os de Didática Geral, Didática Especial e Conteúdo de Francês (São Luís, CADES, 1959), de Elementos Básicos de Serviço Social (São Luís, SESI, 1959), de Diretor do Ensino Secundário (São Luís, CADES, 1959), de Técnico do Magistério de 2° Grau (Tutoia-MA, 1973-77) e de Habilitação em História, Psicologia e Sociologia para o 2° Grau (1979).

Licenciado em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei-MG (1977-78).

Professor dos cursos de Humanidades e de Filosofia do Seminário de Santo Antônio, onde lecionou Filosofia, História da Filosofia, Psicologia Experimental, Sociologia, Literatura Estrangeira, Apologética Científica e Liturgia.

Vigário cooperador de Pedreiras e Codó. Na última cidade maranhense fundou a JAC e dirigiu o Colégio Codoense, da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, cuja sede, com 16 salas de aulas, fez construir.

Participou, em Caxias do Sul-RS, do Curso Latino-Americano de Teologia Pastoral (1978) e, em Medellín (Colômbia), do Curso de Lengua Española (Colégio Madre Antonia Cerini 1979) bem como do Curso de Reciclagem de Teologia Pastoral (Celam, 1979) e, em Belo Horizonte, do Curso de Estudos Bíblico-Pastorais (Arquidiocese Militar do Brasil, 1995).

Após coordenar o ensino religioso do Instituto de Educação do Maranhão (1960) e lecionar Filosofia e Religião na Faculdade de Ciências Médicas do Maranhão (1960-62) e Doutrina Social na Faculdade de Enfermagem (1961-62), foi nomeado vigário ecônomo e pároco de Tutoia-MA, onde permaneceu de 1964 a 1989 e teve grande atuação religiosa e social. Fundador e diretor do Colégio Almeida Galhardo e dos complexos educacionais dos povoados Barro Duro e Paulino Neves, também criou e dirigiu as Comunidades Eclesiais de Base de Tutoia, o Social Tutoia Clube, a Organização Social João Tavares, o Hospital-Maternidade Zuza Neves, o Lactário Margaridinha; organizou a Salina Povo de Deus, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, reorganizou a Colônia de Pescadores Z/12 Sá Viana e coordenou a Pastoral Diocesana de Brejo-MA.

Em São Luís foi presidente da Comissão Estadual de Terras (1980-81), organizador e primeiro presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (1982-83), assessor da Secretaria de Trabalho e Ação Social (1982), técnico em Planejamento e Recursos Humanos do Governo do Maranhão (1984-90), diretor do Departamento de Assuntos Estudantis da UFMA (1986-88) e esteve à frente da Paróquia de São Vicente de Paulo (1981-85).

Participou de numerosos encontros e peregrinações religiosas no Brasil e no exterior. Distinguido com a dignidade eclesiástica de monsenhor, é, desde 24. nov. 1993, capelão-chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar do Maranhão – SAR, onde tem o posto de tenente-coronel.

Mantém constante colaboração na imprensa de São Luís e tem publicados numerosos trabalhos, notadamente no campo das atividades pastorais. Um deles registra uma linha de trabalho na Paróquia de Tutoia e se intitula Igreja, Comunidade Eclesial de Base-CEB. São Luís, 1998. Entre outros livros, publicou Palavras de ontem e de hoje. São Luís, 1999; Uma carta de amor (Deus charitas est) Bento XVI. São Luís: Gráfica e Editora Tema, 2007; Frei Antônio de Sant´Ana Galvão, o primeiro santo brasileiro nato: sua vida e seus milagres. São Luís: Gráfica e Editora Tema, 2008; O brilho das estrelas. São Luís: Gráfica e Editora Tema, 2008; Perfis de maranhenses ilustres. São Luís: s.d.; Tem inéditos Janelas de meu claustro (poesia) e A verdade liberta (artigos) e outros livros.

Aos 78 anos de idade o monsenhor Hélio Maranhão foi nomeado Vigário Forâneo do Maranhão, Piauí, Pará e Amapá, tendo feito a primeira visita pastoral aos Estados e enviado ao arcebispo militar o relatório de viagem forânea relativo a 2007.

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